ÁGUA EM JÚPITER | SPACE TODAY TV EP2125

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Água em Júpiter, um dos temas mais complexos e importantes da ciência planetária.

Determinar a quantidade de água presente em Júpiter tem sérias implicações sobre o que sabemos da formação do sistema solar, e sobre também a própria meteorologia do gigante gasoso.

Para quem não sabe, Júpiter, foi o primeiro planeta a se formar no Sistema Solar, e contém a maior parte do gás e da poeira que não foram incorporados pelo Sol.

As teorias sobre a sua formação se baseiam na quantidade de água que existe em Júpiter.

Determinar a quantidade de água no planeta pode nos dar indicativo de como funciona a sua atmosfera, os raios, e o fluxo dos fluidos, das nuvens que podemos observar.

Determinar a presença de água em Júpiter, sempre foi considerada uma das principais peças do quebracabeça da formação planetária e sempre esteve em vigor nas missões espaciais.

Para quem não se lembra, na década de 1990, a NASA mandou a sonda Galileo para estudar Júpiter.

A missão Galileo, terminou em 1995, e enquanto a sonda mergulhava no Gigante Gasoso ela mandou medidas sobre a água, e descobriu essa água, localizada a cerca de 120 km do topo das nuvens, porém uma quantidade 10 vezes menor do que se esperava de acordo com os modelos.

Além disso, a Galileo, também mostrou que a água aumentava com a profundidade, algo que ia contra os modelos atmosféricos de Júpiter, já que quanto mais profundo, mais mistura é a atmosfera e por isso a água deveria ser melhor.

Uma explicação foi que a sonda teve azar, mergulhou numa região “seca” da atmosfera de Júpiter e por isso essas medidas.

Os pesquisadores tiveram que esperar 25 anos, aproximadamente, para que uma nova missão em Júpiter, a Juno, pudesse realizar medidas do planeta e tentar encontrar essa água perdida.

A estratégia dos pesquisadores, procurar por água numa região mais ampla do planeta.

A Juno usou então o seu instrumento chamado de Microwave Radiometer, ou MWR para observar Júpiter com suas 6 antenas.

Com esse instrumento foi possível coletar dados de uma região de 150 km de profundidade, ou seja, mais profundo que o local da sonda Galileo, e da região equatorial de Júpiter.

Os resultados foram que os pesquisadores encontraram mais água nessa região do que a que foi medida pela sonda Galileo.

Os pesquisadores querem agora esperar a sonda sobrevoar uma região mais ao norte, perto dos polos, aquela região rica em ciclones e fazer as mesmas medidas para ver se ali tem mais ou menos água.

É muito importante medir em outras regiões, mesmo porque a região equatorial de Júpiter é bem única.

E é isso que eles irão fazer agora.

Cada sobrevoo da sonda Juno, são novos dados, é mais um véu que é tirado do gigante Gasoso e mais um segredo que é revelado.

Fontes:

https://www.nasa.gov/feature/jpl/findings-from-nasas-juno-update-jupiter-water-mystery

#Jupiter #Juno #SpaceToday

Artigo original:
spacetoday.com.br