Sem muita surpresa, o filme A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell decepcionou em seu final de semana de estreia nos cinemas norte-americanos. A adaptação hollywoodiana da clássica animação japonesa teve uma bilheteria de apenas US$ 19 milhões — cerca de R$ 59 milhões — nos seus primeiros dias nos Estados Unidos e mais US$ 40 milhões (R$ 124 mi) no restante do mundo. Pode até parecer muito, mas os US$ 59 mi arrecadados são pouco mais da metade dos US$ 110 milhões (R$ 342 mi) usados para produzir o longa. Em outras palavras, já pode ser considerado um dos maiores fracassos do ano.
E, como dito, esse desempenho fraquíssimo não é nenhuma surpresa, ainda que as críticas do filme tenham sido de medianas a positivas. O problema é que o público vem torcendo o nariz para a produção desde que foi anunciada. O principal questionamento é a escolha da atriz Scarlett Johansson para o papel principal, já que muita gente queria ver uma heroína oriental nesse papel de protagonista.
Por outro lado, como o site Polygon aponta, até quem deixou de lado essa discussão sobre racismo e “embranquecimento” do cinema não viu nada de excepcional na adaptação. Segundo a página, mesmo com a incessante campanha de marketing, o filme não se sustenta o suficiente para ir além das polêmicas sobretudo por ser genérico em tudo o que se propõe a ser e sem se preocupar em trazer explicações a elementos que deveriam um pouco mais de profundidade.
Ainda assim, ainda restam algumas esperanças para A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell. E, curiosamente, essa segunda chance pode vir exatamente de seu país de origem. O filme ainda não estreou no Japão e nem na China, dois mercados considerados bem importantes e que podem alavancar a bilheteria de maneira significativa — como já aconteceu com Círculo de Fogo e Warcraft, por exemplo. Ainda assim, é bem pouco provável que isso faça do longa um sucesso a ponto de tirar a péssima má impressão deixada até agora.
Via Polygon