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A missão Insight da NASA que está em Marte, é composta de um conjunto de instrumentos.
Ela possui um sismômetro que está atuando de forma perfeita em Marte e já registrou quase 500 sismos marcianos, ou martemotos como a turma gosta de falar.
Ela é composta também por um instrumento, dedicado a medir a temperatura do planeta Marte, esse pacote de instrumento é conhecido como Heat Flow and Physical Properties Package, ou HP3.
Basicamente, esse instrumento é composto por uma sonda de penetração de solo, com 40 cm de comprimento e 2.7 cm de diâmetro.
Na ponta dessa sonda vai um termômetro, que tinha como objetivo medir o fluxo de calor do interior até a superfície do planeta.
Mas para fazer esse tipo de medida, a sonda de medida precisava furar 3 metros da superfície marciana.
Essa sonda recebeu o carinhoso nome de Mole em inglês, que pode ser chamada de marmota ou toupeira em português, vamos chamar de toupeirinha marciana!!!
No dia 28 de fevereiro de 2019, ou seja, a quase 2 anos atrás, a toupeirinha foi toda ajeitada e começou a perfurar o solo marciano, rumo aos seus 3 metros de profundidade.
Mas nós não conhecemos Marte completamente, ainda mais sua subsuperfície, como é o solo ali, é duro, é fácil de perfurar, é mole, ninguém sabe, e isso foi um grande problema para a toupeirinha.
Logo que ela começou a perfurar o solo marciano, ela encontrou problemas, não conseguia avançar, ficou presa, não perfurava mais que poucos centímetros.
Os técnicos da NASA começaram a trabalhar intensamente então para tentar ajudar a toupeirinha a perfurar o solo marciano.
Para realizar a perfuração, era precisa ter fricção e esse foi o grande problema.
Então, os técnicos tentaram jogar mais terra no buraco, tentaram pegar a ferramenta de coleta de material e empurrar a toupeirinha, tentaram puxar ela um pouco e depois perfurar novamente, tentaram martelar ela, e nada, nada foi possível fazer a toupeirinha perfurar poucos centímetros da superfície marciana.
Na última tentativa, os técnicos tentaram dar 500 marteladas na toupeirinha e nada.
Então em 9 de janeiro de 2021, eles decidiram não tentar mais nada e abandonaram a missão.
Por alguns motivos isso foi decidido, primeiro, pois eles estavam arriscando muito colocar em risco outras partes da missão, pois nessas tentativas algum equipamento poderia ser danificado e também isso toma tempo e eles querem se dedicar aos experimentos que estão bem, como o sismômetro marciano.
De acordo com os técnicos da NASA e da DLR, nem tudo está perdido, eles descobriram que o solo marciano pode ser mais heterogêneo do que eles pensavam.
A toupeirinha é algo totalmente novo, nunca nada parecido foi tentado em Marte, então sempre algo novo corre esse risco.
Os técnicos ganharam uma grande experiência em operar o braço robótico de uma sonda em Marte, fazendo turnarounds, ou seja, tentando dar novas funções a um instrumento desenhado para uma determinada tarefa, isso também é um aprendizado.
E tudo que foi tentado para fazer a toupeirinha operar será usado como aprendizado.
Mas é óbvio que depois de anos e anos de desenvolvimento do equipamento, não ter ele operado corretamente em Marte é bem frustrante.
E isso mostra que temos muito o que conhecer sobre Marte ainda.
Bem, a missão continua, ela recebeu uma extensão até dezembro de 2022, e usará o seu sismômetro para continuar entendendo o interior do planeta, além dos seus sensores meteorológicos para caracterizar o clima marciano, além do experimento de onda de rádio que coleta dados sobre a posição e orientação do eixo de rotação do planeta, o que pode dar ideias sobre como é o núcleo de MArte, líquido ou sólido.
Que a toupeirinha descanse em paz em Marte e tomara que um dia, alguma missão vá até lá para resgatá-la.
Fontes:
https://www.jpl.nasa.gov/news/nasa-insights-mole-ends-its-journey-on-mars/
#MARSINSIGHT #THEMOLE #SPACETODAY
Artigo original:
spacetoday.com.br