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Quando a vida começou na Terra?
Essa é uma pergunta muito complicada de ser respondida, que já foi revisada várias vezes e que tem implicações interessantes, principalmente no que diz respeito a buscar vida pelo universo.
Para se procurar a origem da vida na Terra, os pesquisadores, primeiro devem procurar as rochas mais antigas que temos a disposição e nessas rochas talvez encontrem sinais, vestígios dessa antiga vida.
Para quem não sabe, o Canadá é a meca dos pesquisadores pesquisam pela origem da vida na Terra, lá estão alguns dos exemplares rochosos mais antigos que temos a disposição, e muitos pesquisadores se deslocam até lá para buscar por sinais de vida antiga.
Em 2017, um grupo de pesquisadores descobriu nessas rochas filamentos que pareciam ter sido gerados por bactérias, mas essas evidências não eram conclusivas, pois esses mesmos filamentos poderiam ter sido criados também por processos químicos e não pela vida.
Mas os pesquisadores não pararam, e desde então analisam essas rochas atrás de evidências mais conclusivas sobre esses filamentos.
Eles acabaram de publicar um artigo onde mostram que encontraram não só mais filamentos mas também outras marcas como esferas e tubos , e estruturas maiores e mais complexas com ramificações que excluem a explicação química para a formação, restando apenas ser resultado da vida.
Para descartar a origem geológica e química para os fósseis, os pesquisadores submeteram as amostras a testes rigorosos, e notaram que os filamentos estão preservados em quartzo que é bem menos susceptível a mudanças metamórficas.
Os pesquisadores concluíram no final que os organismos vivos são a explicação mais provável para os filamentos com a incerteza bastante reduzida.
Essa descoberta sugere não só a origem biológica dos fósseis mas também sugere uma grande diversidade de formas de vida que obtinham energia de diferentes fontes.
Os micróbios ali presentes podiam ter vivido de ferro, enxofre, dióxido de carbono e luz, uma forma diferenciada da fotossíntese.
Ah, e o mais importante, a data em que tudo isso aconteceu.
Os pesquisadores mostraram que esses ancestrais microbianos viveram entre 3.75 e 4.28 bilhões de anos atrás.
Isso é apenas 300 milhões de anos depois da formação da Terra.
E aí vem a implicação importante disso.
Se a vida se desenvolveu tão rapidamente na Terra, isso sugere que o processo pelo qual a matéria não viva se transforma em organismo vivo é potencialmente fácil de ser alcançado, e com isso a vida no universo poderia ser algo mais comum do que a gente pensa.
Apenas algumas centenas de milhões de anos são necessários para a vida evoluir para um nível organizado em um planeta primordial que seja habitável.
Com isso, tais exossistemas microbianos poderiam existir em outras superfícies planetárias onde a água liquida interagia com as rochas vulcânicas.
Fontes:
https://www.ucl.ac.uk/news/2022/apr/diverse-life-forms-may-have-evolved-earlier-previously-thought
https://www.science.org/doi/epdf/10.1126/sciadv.abm2296
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Artigo original:
spacetoday.com.br