Já faz um tempinho que o eclipse total da Lua aconteceu, o que foi o maior eclipse lunar do século 21 em termos de duração, foi observado em boa parte do mundo, ainda bem que restaram muitas imagens e relatos sobre o eclipse. Mas de todas as imagens que você já viu, ou vai ver do eclipse, nenhuma será como essa que está nesse post, a imagem nem é uma das melhores do eclipse para mostrar a Lua, mas o objetivo aqui é outro, é mostrar a Terra, ou melhor a sombra da Terra.
O astrônomo amador australiano Tom Harradine, sempre teve o desejo de um dia criar uma imagem da umbra da Terra, a região mais escura da sombra do nosso planeta. Mas durante, um eclipse, a Lua não passar através de toda a sombra da Terra. Ele então precisaria de um truque para mostrar a sombra como um todo.
“Uma maneira que eu pensei para registrar o círculo completo da umbra em um único evento de eclipse foi artificialmente localizar e girar sucessivas imagens do eclipse de modo que a borda da sombra formasse um círculo”, disse ele. “O truque é manter a curvatura da sombra da forma mais ajustada possível. Qual imagem escolher é uma questão de licença artística, e eu escolhi um efeito espiral, não somente para mostrar a umbra mas também para mostrar a progressão do eclipse enquanto o tempo passava”.
O resultado são as imagens mostradas nesse post, a combinação do arranjo das fotos com truques especiais da câmera: mantendo a exposição da câmera, o ISO e a abertura intactos para todos os primeiros três frases do eclipse (os mais brilhantes), para focar na sombra e não na Lua. Ele usou sua imagem para calcular corretamente a largura da umbra da Terra, na distância da Lua, aproximadamente 9000 quilômetros.
O astrônomo acordou às 3:30 da manhã em Brisbane, no sábado, 28 de Julho de 2018, com o céu totalmente claro. Ele então ajustou seu telescópio Dobsoniano, mesmo na Austrália o eclipse acontecendo só com a Lua bem baixa no horizonte no amanhecer, ele precisava somente de metade do eclipse para fotografar e criar a imagem que ele conseguiu criar. Além disso, ele conseguiu ainda registrar a ISS passando pela sombra da Terra, além de ter feito belas imagens de Marte também.
“Foi espetacular ver a ISS emergindo da mesma sombra que estava eclipsando a Lua”, disse ele. A sombra cobre uma diferente quantidade de espaço no céu com relação a ISS e à Lua, já que a estação está milhares de vezes mais próxima da Terra”.
Essa imagem mostra perfeitamente como a sombra da Terra é redonda, ou seja, a Terra só pode ser esférica.
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Artigo original:
spacetoday.com.br