Essa matéria saiu na Hollywood Reporter. Achamos conveniente trazê-la ao conhecimento dos leitores da Sociedade Jedi, pois muito burburinho desnecessário surgiu depois que um péssimo jornalismo com cara de tablóide divulgou uma matéria que dizia que nem a Disney confiava no filme HAN SOLO, previsto para estrear dia 24 de Maio nos cinemas, depois de problemas que ocorreram na produção do filme com a saída da dupla de diretores Phil Lord e Christopher Miller para a chegada de Ron Howard.
Às vezes um mito é propagado mesmo sem procurarem a fundo os motivos, e o que ficou nítido, foi que as pessoas pouco sabem sobre as famosas “adicionais” no mundo do cinema, ainda mais da atualidade em Hollywood em que boa parte dos filmes tem ficado ainda mais próxima de um work in progress contínuo.
Toda troca de diretor implica na troca de toda uma equipe de direção que torna a imersão de um ator um pouco complicada. Mas como já foi comentado em outra matéria aqui na SJ, Alden Ehrenreich já trabalhou com diretores de renome como Francis Ford Coppola, Irmãos Coen e Woddy Allen, diretores conhecidos por seu grande trabalho de corpo a corpo com ator.
Um bom exemplo de compreensão de quem nem nossa saga favorita escapa de problemas latentes da modernidade de Hollywood veio nessa entrevista em que Tony Gilroy ficou escaldado no mercado de cinema depois de sua viagem de emergência para a galáxia de Star Wars. Em junho de 2016, a Lucasfilm contratou o escritor e roteirista indicado ao Oscar para “retrabalhar” Rogue One: Uma História de Star Wars, depois que o estúdio ficou insatisfeito com o filme do diretor Gareth Edwards. Em agosto, ele estava assumindo um papel de liderança na pós-produção e supervisionou as refilmagens para corrigir alguns problemas, incluindo o final do filme. Gilroy finalmente recebeu milhões por seu trabalho, e muitos o consideram o diretor fantasma do filme. Gilroy não havia falado publicamente sobre o Rogue One até a aparição dele numa segunda-feira passada no podcast The Moment With Brian Koppelman, onde notou que ele imediatamente viu maneiras de melhorar o filme quando entrou em cena em Londres. “Se você olhar para Rogue, toda a dificuldade com Rogue, toda a confusão … e toda a bagunça, e no final, quando chegar lá, é realmente muito, muito simples de resolver”, disse Gilroy sobre o filme. “Porque você meio que pensa: ‘Este é um filme onde, pessoal, olhe só. Todo mundo vai morrer’. Então é um filme sobre sacrifício “.
Ele viu a oportunidade de explorar ainda mais os personagens do filme – interpretados pelas estrelas Felicity Jones, Diego Luna e Donnie Yen – que acabariam se sacrificando no final do filme para permitir que os Rebeldes ganhassem os planos para a primeira Estrela da Morte. Escolhendo suas palavras cuidadosamente, Gilroy sinalizou quanto do projeto foi mudado depois que ele embarcou. Embora é um costume dos atores segurarem informações pra não tirar créditos do filme o astro Ben Mendelsohn disse que “uma versão enormemente diferente” do filme existe foi o que ele acreditou existir. Isso se confirma algumas especulações aqui da equipe de Sociedade Jedi de que o filme provavelmente era bem pesado e foi resolvido em cenas adicionais para mudar o tom. Lembram-se das cenas dos primeiros trailers?
“Eu cheguei depois do corte do diretor. Eu tenho um crédito de roteiro na arbitragem que foi vencido com facilidade”, disse Gilroy.
Ao contrário de fãs ao longo da vida como Rian Johnson de Star Wars: The Last Jedi, Gilroy não era um fã da franquia antes de embarcar e, portanto, não tinha receio de potencialmente estragar tudo. “Eu nunca estive interessado em Star Wars, nunca. Então eu não tinha nenhuma reverência por isso. Eu não tinha medo disso”, disse Gilroy. “E eles estavam em tal pântano … eles estavam com tantos problemas terríveis, tão terríveis que tudo que você podia fazer era melhorar a posição deles”. Rogue One estreou com fortes críticas (85% sobre a Rotten Tomatoes) e ganhou mais de US $ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, mas Gilroy não tem planos de retornar a uma galáxia muito, muito distante. “Isso não me atrai”, ele disse sobre fazer outro filme de Star Wars. “Mas eu não acho que Rogue realmente seja um filme de Star Wars em muitos aspectos. Para mim, é um filme da Batalha da Inglaterra.”
Tony Gilroy tornou-se um diretor consagrado por seu trabalho em Legado Bourne (2012), Duplicidade (2009) e do elogiadíssimo Thriller político Conduta de Risco (2007), mas é como escritor que tem sido ovacionado pela crítica e recebido severos elogios desde o começo da década de 1990.
Vale endossar aqui que desde a série Star Wars Rebels, estamos acostumados a ler o nome de Henry Gilroy como um dos roteiristas, porém, sem graus de parentesco com Tony Gilroy. Henry tem seu caminho galgado na televisão, em especial na Warner por séries animadas como Taz Mania, Batman Animated Séries, Justice League e GI Joe: Renegade.
Aos leitores, nossa recomendação seria realmente esperar assistir ao filme para tecerem comentários, afinal, muito mais conveniente ter um Ron Howard dirigindo do que os diretores Lord e Miller que tem seu valor pelas animações, mas incomparáveis a Howard, que já conhece o universo de George Lucas por ser amigo pessoal, e por ter dirigido tantos filmes interessantes como os oscarizáveis Apolo 13 (1995), Uma Mente Brilhante (2001) e Frost/Nixon (2008) e até filmes de certa relevância cultural como a saga do Código Da Vinci (2006/2009/2016) ou Rush: No limite da emoção (2013).
Prof.º Ms Vebis Jr
Mestre em Cinema
Especialista em Comunicação
Graduado em Audiovisual e Multimídia
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Artigo original:
sociedadejedi.com.br