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Vamos falar mais um pouco de Brumadinho hoje, essa grande tragédia brasileira.
Até o momento são 110 mortos, 71 corpos identificados, porém uma grande quantidade de pessoas ainda desaparecidas, cerca de 238.
Sem dúvida alguma uma grande tragédia do ponto de vista humano, mas também do ponto de vista ambiental.
A imagem que vocês vão ver agora, foi feita pela Planet Labs e mostra a região de Brumadinho, no dia 29 de Janeiro de 2019, onde é possível ver a extensão do desastre ambiental na região.
Se comparado com o caso do Fundão, da Samarco, o impacto ambiental é menor. Porém, existe uma urgência em tentar entender o que aconteceu, pois existem muitas outras barragens de rejeito que podem ser um risco tanto para as pessoas como para o meio ambiente.
Em outra imagem da Planet Labs, podemos ver a barragem que se rompeu no dia 25 de Janeiro, dois dias antes dela colapsar.
Na imagem é possível ver que não temos nenhuma atividade na barragem e também nenhum indicativo claro que ela iria se romper 2 dias depois.
Por esse motivo, a causa do rompimento da barragem ainda é um mistério, porém é preciso pensar sobre isso.
Essa barragem foi uma barragem do tipo a montante.
Esse talvez seja o tipo mais comum de barragens de rejeito no Brasil, é o tipo mais barato, não é necessariamente inseguro, desde que as propriedades sejam bem entendidas e monitoradas.
A barragem, nesse caso é construída sobre os próprios rejeitos.
Esses rejeitos são dilatadores, ou seja, à medida que eles deformam eles se tornam mais resistentes.
O que faltou nesse caso foi aprender com o caso da Samarco.
Lá a barragem era do mesmo tipo, o relatório final apontou como causa do acidente um processo de extrusão.
O que acontece é que para esse tipo de barragem não apresentar problema algum, a camada de areia assentada sobre os rejeitos deve ser mantida não saturada, mas devido a problemas na construção, as areias acabaram se saturando.
Essa saturação da areia, permitiu o evento de extrusão lateral, gerando o colapso da barragem.
A mesma coisa pode ter acontecido em Brumadinho e o mesmo processo pode estar acontecendo em outras barragens de rejeitos.
A Vale já relatou que irá acabar com esse tipo de barragem.
O problema é que não avisou em quanto tempo, então é preciso saber se ela irá monitorar a estabilidade das barragens desse tipo e a primeira coisa, urgente, checar esse lance da saturação da areia, muito provavelmente essa foi a causa, e outras barragens devem estar condenadas por aí pelo mesmo motivo.
Tem que fazer isso, urgente para que o desastre não se repita novamente.
#BRUMADINHO
Fontes:
https://blogs.agu.org/landslideblog/2019/02/01/brumadinho-disaster-1/
http://www.soilsandrocks.com.br/soils-androcks/Soils36-1Baixa.pdf
https://blogs.agu.org/landslideblog/2016/08/30/samarco-tailings-dam-failure-report/
https://scholarsmine.mst.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=3203&context=icchge
https://brazilian.report/society/2019/01/31/vale-dangerous-dams/
Artigo original:
spacetoday.com.br