Um grupo de estudantes e pesquisadores na Universidade de Delft estão desenvolvendo uma nave espacial capaz de manter gerações vivas como tripulações à medida que a nave viaja pelas estrelas e a ESA será responsável pelo suporte de vida da nave.
DSTART, a TU Delft Starship Team, está integrando uma grande variedade de disciplinas para realizar conceitos avançados para a construção de um veículo interestelar resiliente, que possa ser construído a partir de um asteroide oco. O objetivo não é apenas concentrar na tecnologia necessária, mas também considerar fatores biológicos e sociais envolvidos para viabilizar uma viagem gigantesca como essa.
“Nós precisamos de uma tecnologia espacial autossustentável e evolutiva capaz de suportar as muitas décadas necessárias para se viajar do nosso Sistema Solar para um outro qualquer”, explica o líder da DSTART, Angelo Vermeulen, atualmente estudando para o seu doutorado em engenharia de sistemas na TU Delft.
“Como parte disso, estamos procurando um tipo de sistema de suporte vital regenerativo pioneiro pelo programa chamado MELiSSA (Alternativa de Sistema de Suporte à Vida Micro-Ecológica), conduzido pela ESA”.
O programa MELiSSA de 11 nações busca construir um sistema inspirado por um ecossistema aquático natural, que possa converter de forma eficiente lixo org6anico e dióxido de carbono em oxigênio, água e comida.
A planta piloto do MELiSSA na Universidade Autônoma de Barcelona na Espanha abriga um circuito fechado de vários compartimentos com o um biorreator alimentado por algas leves e produtoras de oxigênio para manter as tripulações de ratos vivas e confortáveis confortáveis por meses a fio. Enquanto as algas produzem oxigênio e retêm dióxido de carbono, os ratos fazem exatamente o inverso.
O biorreator com algas produtoras de oxigênio foi recentemente demonstrado na Estação Espacial Internacional.
“O conceito MELiSSA dá à nave espacial seu suporte de vida básico”, acrescenta Angelo, biólogo e artista que em 2013 atuou como comandante de tripulação da base de simulação da NASA HI-SEAS no Havaí. “Enquanto isso, também estamos integrando outras tecnologias, como impressão 3D e mineração de asteroides em nosso design”.
No próximo mês, a equipe do DSTART apresentará a primeira versão de sua simulação computadorizada MELiSSA na nave estelar no workshop AgroSpace-MELiSSA em Roma. A simulação permite que a equipe teste a robustez do sistema MELiSSA enquanto viaja pelo espaço profundo por longos períodos de tempo.
Fonte:
https://phys.org/news/2018-04-evolving-asteroid-starships.html
Artigo original:
spacetoday.com.br