Do que o universo é feito? E a composição do universo muda durante o tempo?
Essas são perguntas cruciais para se entender a evolução do nosso universo, para entender do que ele é constituído, mas vocês devem imaginar que isso não é fácil de ser medido.
Os modelos do universo sugerem que ele na sua maioria é formado por duas entidades que não podemos ver.
A matéria escura que funciona como uma cola invisível mantendo as galáxias e os aglomerados de galáxias juntos gravitacionalmente e a energia escura, responsável pela expansão acelerada do universo.
O que é necessário então, observações para comprovar esse modelo, mas como observar algo que é invisível?
Isso é possível observando o universo em grande escala e assim mapeando a presença da matéria escura e da energia escura.
Isso já foi feito com o Telescópio Espacial Planck da ESA que observou o universo primordial, 400 mil anos depois do Big Bang e conseguiu uma excelente estimativa da composição do universo.
Mas essa composição muda com o tempo?
Para isso, recentemente, um projeto chamado Dark energy Survey, ou DES, fez medidas precisas do universo em grande escala. Do universo atual.
Os cientistas descobriram que 70% do universo é constituído de energia escura.
25% é constituído de matéria escura. Tudo isso de acordo com tudo que havia sido modelado até o momento.
Não foram encontradas evidências de que a quantidade de energia escura mudou com o tempo, o que está de acordo com as previsões de Einstein, na ideia da constante cosmológica.
Esse trabalho é de suma importância para o entendimento do universo.
É a primeira vez que medidas do universo recente, ou universo adulto, feitas com a técnica de lente gravitaiconal, são tão precisas quanto as medidas do universo primordial feitas com a radiação cósmica de fundo.
Para fazer isso, os cientistas usaram uma câmera de 570 megapixel, acoplada ao telescópio blanco de 4 metros no Observatório Nacional de Astronomia Óptica em Cerro-Tololo no Chile.
Os cientistas criaram mapas precisos da posições de galáxias e depois mediram a forma de 26 milhões de galáxias para diretamente mapear os padrões da matéria escura por meio do uso da lente gravitacional.
Foram desenvolvidas técnicas de detectar lentres gravitacionais com pouca distorção, criando assim o mapa mais preciso até o momento da distribuição da matéria escura no universo, um mapa 10 vezes maior do que o anterior.
E assim é possível ver o invisível e estudar a evolução e composição do nosso universo.
Fontes:
https://www.nasa.gov/feature/jpl/new-clues-to-universes-structure-revealed
Clique para acessar o kp_for_submission-1.pdf
Canal Space Today
http://www.youtube.com/spacetodaytv