Uma ondulação de filamentos azuis cortando essa galáxia parece um sistema de lagos deformados. O primeiro plano dessa imagem é marcado por estrelas próximas, na própria Via Láctea que criam o que chamamos de spikes de difração. Um olho treinado pode também ver algumas outras galáxias na imagem também, que revelam sua natureza se você olhar com atenção.
A galáxia central, chamada de IC 4870 foi descoberta por DeLisle Stewart em 1900 e está localizada a aproximadamente 28 milhões de anos-luz de distância da Terra. Ela contém um AGN, um Núcleo Ativo de Galáxias, ou seja, uma região central extremamente luminosa, cuja radiação se sobrepõem àquela emitida por toda a galáxia. Os AGNs emitem radiação através de todo o espectro eletromagnético, desde ondas de rádio, até os raios-gamma, produzida pela ação de um buraco negro supermassivo central que está devorando material que chega nas suas redondezas. A IC 4870, é também conhecida como uma Galáxia Seyfert, um tipo particular de AGN com linhas de emissão espectrais características.
A IC 4870 tem sido imageada pelo Hubble para se fazer certos estudos sobre galáxias ativas próximas. Usando o Hubble para explorer as estruturas de pequena escala dos AGNs em galáxias próximas, os astrônomos podem observar traços de colisões e fusões, de barras galácticas centrais, explosões nucleares, jatos ou fluxos e outras interações entre um núcleo galáctico e o ambiente à sua volta. Imagens como essa podem ajudar os astrônomos a entender mais sobre a natureza verdadeira das galáxias que nós observamos no universo.
Crédito:
ESA/Hubble & NASA
Fonte:
http://spacetelescope.org/images/potw1823a/
Artigo original:
spacetoday.com.br