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Existe uma grande quantidade de matéria no universo, que nós não podemos ver diretamente, mas que nós sabemos que está ali.
Os astrônomos/cosmologistas chamam essa matéria de matéria escura.
Ela é a responsável, por exemplo, por manter as estrelas girando numa galáxia, por manter as galáxias unidas em um aglomerado de galáxias.
O grande problema é ver o invisível.
É praticamente impossível.
Porém existem maneiras de mapear a presença da matéria escura no universo.
E agora recentemente foi lançado o mais novo mapa da distribuição tridimensional da matéria escura no universo.
Esse mapa é apenas o começo dos trabalhos que estão sendo feitos com o Telescópio Subaru e a sua Suprime Cam.
O projeto se chama Hyper Suprime-Cam Survey, ou HSC.
Nesse começo do projeto, os astrônomos conseguiram mapear cerca de 10 milhões de galáxias espalhadas pelo universo.
Eles mediram o quanto a forma das galáxias aprecia distorcida daquilo que os astrônomos esperavam ver e então conseguiram estimar o quanto dessa distorção era causada pelo efeito de lente gravitacional da matéria escura.
Eles conseguiram separar o que era efeito da lente gravitacional, do que eram distorções causadas pela atmosfera e pelo telescópio.
E com essa diferença eles estimaram o quanto de matéria escura era atravessada pela luz das galáxias até chegar na Terra.
Com isso conseguiram traçar o mapa de distribuição da matéria escura no universo.
Esse mapa é o resultado dos 5 primeiros anos do projeto e ainda tem mais 4 anos de projeto pela frente.
Um resultado preliminar desse projeto é que se comparado com a estimativa de matéria escura feita pela missão Planck da ESA, o valor da ligeiramente menor.
Os pesquisadores afirmaram que essa quantidade não é significante, e que estaria dentro da incerteza das medidas, o que significa que pode não haver diferença nenhuma, mas eles falaram que só o fato de terem detectado um valor diferente já é algo interessante.
Sempre que tiver uma atualização sobre a distribuição da matéria escura no universo eu trago aqui para vocês.
Fonte:
https://www.livescience.com/63711-3d-dark-matter-map.html
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1809.09148.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br