Grãos de poeira cósmica riscaram os céus noturnos no início de maio. Capturados enquanto o planeta Terra cruzava as correntes de detritos deixadas pelo Cometa Halley, a chuva de meteoros anual é conhecida como Eta Aquarídeos. Este ano, o pico dos Eta Aquarídeos foi visualmente prejudicado pela brilhante Lua Cheia de maio. No entanto, as primeiras horas da manhã que cercavam a chuva de poeira de Halley em maio passado estavam livres da interferência da luz lunar. Em exposições registradas entre 28 de abril e 8 de maio de 2022, esta imagem composta mostra quase 90 meteoros Eta Aquarídeos riscando o radiante da chuva em Aquário sobre San Pedro de Atacama, Chile. O arco central da Via Láctea fica acima nos céus do amanhecer do hemisfério sul. A fraca banda de luz que se eleva do horizonte é a luz zodiacal, causada pela dispersão da luz solar pela poeira perto do plano eclíptico do nosso Sistema Solar. Ao longo da eclíptica e inseridos no brilho zodiacal estão os planetas brilhantes Vênus, Júpiter, Marte e Saturno. Claro que o próprio Marte foi recentemente identificado como uma provável fonte da poeira ao longo da eclíptica responsável pela criação da luz zodiacal.
A Eta Aquarídeos é uma das muitas chuvas de meteoros que ocorrem ao longo do ano, mas é particularmente notável por estar associada ao Cometa Halley, um dos cometas mais famosos e facilmente visíveis da Terra. O Cometa Halley é um cometa periódico, o que significa que ele retorna ao interior do sistema solar a cada 76 anos. Como tal, ele deixa uma trilha de detritos em seu rastro toda vez que passa, e é essa trilha que a Terra passa anualmente, causando a chuva de meteoros Eta Aquarídeos.
No entanto, este ano, a Lua Cheia de maio, também conhecida como a “Lua de Flor”, dificultou a visualização dos Eta Aquarídeos. A Lua estava particularmente brilhante este ano, e sua luz ofuscou muitos dos meteoros que de outra forma seriam visíveis. Apesar disso, ainda havia momentos, particularmente nas primeiras horas da manhã, quando a Lua se pôs e os meteoros puderam ser vistos claramente.
A imagem composta capturada entre 28 de abril e 8 de maio mostra a beleza desta chuva de meteoros. A imagem mostra quase 90 meteoros Eta Aquarídeos riscando o céu acima de San Pedro de Atacama, no Chile. Esta região é conhecida por seus céus noturnos escuros e claros, tornando-a um local ideal para observação de meteoros.
No fundo da imagem, você pode ver o arco da Via Láctea esticando-se acima no céu do amanhecer. Também visível é a luz zodiacal, uma fraca banda de luz que se eleva do horizonte, causada pela dispersão da luz solar pela poeira perto do plano eclíptico do nosso Sistema Solar. Este fenômeno ocorre quando a luz do sol é espalhada por pequenas partículas de poeira que se alinham ao longo do plano do sistema solar, conhecido como o plano eclíptico. A luz zodiacal é mais bem vista após o pôr do sol ou antes do nascer do sol e aparece como um brilho difuso que se estende ao longo do zodíaco.
Ao longo da eclíptica e imersos no brilho zodiacal estão os planetas brilhantes Vênus, Júpiter, Marte e Saturno. Cada um desses planetas tem suas próprias características únicas e maravilhas a serem exploradas. Vênus, o planeta mais brilhante depois da Lua, é frequentemente chamado de estrela da manhã ou estrela da noite devido à sua presença proeminente no céu noturno. Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar, é conhecido pelas suas bandas coloridas e pela Grande Mancha Vermelha. Marte, o Planeta Vermelho, é famoso por sua cor característica, causada pela presença de óxido de ferro, ou ferrugem, em sua superfície. E Saturno, o segundo maior planeta do nosso sistema solar, é instantaneamente reconhecível por seus anéis impressionantes.
Curiosamente, Marte foi recentemente identificado como uma provável fonte de poeira ao longo da eclíptica, responsável pela criação da luz zodiacal. Esta descoberta sugere que o Planeta Vermelho pode desempenhar um papel maior do que se pensava anteriormente na formação e evolução do nosso sistema solar.
Observar o céu noturno e os maravilhosos fenômenos celestes que ele apresenta é uma experiência verdadeiramente mágica. Seja a chuva de meteoros Eta Aquarídeos, a Via Láctea, a luz zodiacal ou os planetas brilhantes, há sempre algo incrível para ver. E com cada observação, cada imagem capturada, ganhamos uma nova apreciação e entendimento do nosso lugar no universo.
Então, na próxima vez que você tiver a chance, saia e olhe para o céu. Quem sabe o que você pode descobrir? Talvez você possa até ver um meteoro Eta Aquarídeos riscando o céu, um lembrete do cometa Halley e da incrível dança cósmica de planetas, cometas e estrelas que ocorre acima de nossas cabeças todas as noites.
Fonte:
https://apod.nasa.gov/apod/ap230512.html
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Artigo original:
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