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Quando você quer conhecer o mundo, você precisa conhecer os países que constituem o mundo.
Quando você quer conhecer um país, precisa mapear as cidades.
E quando você quer conhecer o universo, você precisa mapear as galáxias.
Porém, esse não é um trabalho muito fácil, nós conhecemos muitas galáxias, que estão próximas ou que estão distantes e são muito brilhantes.
Mas das trilhões de galáxias presentes no universo, podemos dizer que conhecemos bem poucas delas.
Como eu falo quase toda a semana aqui no canal, a astronomia é uma ciência quase que totalmente dependente da tecnologia.
À medida que a tecnologia avança, temos a capacidade de poder enxergar mais coisas e mais longe.
E isso também está relacionado com o estudo de galáxias.
E foi na Austrália que um grande passo tecnológico e científico foi dado para conhecermos mais o nosso universo.
E prestem atenção, tudo que eu vou falar aqui, ainda nem é o projeto completo, é o que chamamos de Pathfinder, ou seja, algo como um teste, um protótipo do que ainda está por vir.
Lá no oeste do outback australiano está localizado o MRO – Murchinson Radio-astronomy Observatory, e nesse observatório está o ASKAP – Australian Square Kilometre Array Pathfinder.
Daqui a alguns anos, quando o SKA – Square Kilometre Array estiver pronto, essa parte australiana cuidará dos dados de baixa frequência.
Os cientistas desenvolveram os receptores de sinal mais avançados até agora para o ASKAP e com isso começaram a mapear o céu.
Eles mapearam 83% do céu e os resultados são impressionantes.
O ASKAP gerou 13.5 exabytes de dados brutos que foram processados usando o supercomputador Galaxy que fica no Pawsey Supercomputing Centre.
Nesse processamento os dados foram convertidos em imagens de rádio 2D, com um total de 70 bilhões pixels.
Depois de todo o processamento, os pesquisadores conseguiram terminar com 903 imagens resultando em 26 terabytes de dados.
E o que tem nesses dados?
Nada mais, nada menos que 3 milhões de galáxias, que foram mapeadas em 300 horas, sendo que cerca de 1 milhões dessas galáxias nunca tinham sido vistas anteriormente.
O ASKAP não precisa de dezenas de milhares de imagens como os projetos anteriores, e com isso consegue criar o mapa mais detalhado do universo em um tempo recorde.
Esse verdadeiro atlas do universo poderá ser usado por astrônomos no mundo todo para fazer estudos relacionados com a formação de estrelas, desenvolvimento de galáxias, e a interação das galáxias com seus buracos negros centrais.
Todos esses dados estão disponíveis para acesso público.
Realmente é impressionante o que o ASKAP foi capaz de fazer, e imagina quando ele não for mais um projeto de teste e sim um projeto rodando a pleno vapor.
Por isso eu falo, quer garantir seu futuro na astronomia, aprenda tudo relacionado a Big Data, desde o armazenamento, até o que chamamos de Data Mining, ou seja, minerar todos esses dados e descobrir aí informações importantes, machine learning, inteligência artificial, data Science, são todos termos que você tem que ter na ponta da língua para esse futuro próximo que está chegando.
Fontes:
#GALAXIES #ATLASOFTHEUNIVERSE #SPACETODAY
Artigo original:
spacetoday.com.br