Os objetos que os astrônomos chamam de anãs marrons estão entre a definição de planeta e estrela. Tratam-se de esferas de gás com mais massa que um planeta, mas sem massa suficiente para sustentarem a fusão estável de hidrogênio, como acontece numa estrela. Como emitem pouca luz visível, foram descobertas apenas em 1995, e até agora a maioria das anãs marrons conhecidas encontram-se a no máximo 1500 anos-luz de distância de nós.
Agora, astrônomos usaram a câmera infravermelha com óptica adaptativa NACO, montada no Very Large Telescope do ESO, para observar o aglomerado estelar RCW 38 na constelação da Vela, a cerca de 5500 anos-luz de distância da Terra. Esta Foto da Semana mostra a região central de RCW 38; as imagens inseridas de lado mostram um subconjunto de candidatas a anãs marrons detectadas no centro deste aglomerado.
Os cientistas encontraram cerca de uma anã marrom para cada duas estrelas nesse aglomerado. A partir destes resultados, e do estudo de outros aglomerados estelares, os astrônomos estimaram que a Via Láctea contenha, pelo menos, de 25 a 100 bilhões de anãs marrons. RCW 38 contém muito provavelmente ainda mais anãs marrons mais tênues e menos massivas, que por isso se encontram além dos limites de detecção da imagem. Ou seja, esta nova estimativa poderá estar significativamente subestimada. Rastreios adicionais revelarão o verdadeiro número de anãs marrons que se escondem na Via Láctea.
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